quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Guerras Passadas - Capitulo 1 - sub-capitulos do 06 e 07

Aqui vai a segunda postagem na semana, para compensar o atraso.

...Conheçam um novo personagem....





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Em algum lugar do que no nosso tempo seria Jerusalém, Egito, Grécia e toda uma outra região que liga Ásia, Europa e África, naquele mundo é chamado Holy Ground – A Terra Santa – um país regido por um homem sem nome, que alguns acreditam ter mais de 200 anos. É conhecido apenas por Holy Father, e em sua terra não há nada alem da mais pura (e doentia) fé no único e verdadeiro Deus. E nesse lugar, todos aqueles que possuem fé Nele, se sentem mais revigorados e poderosos. Por isso surgiram grupos de elites voltados para a fé, como padres curandeiros, cavaleiros e principalmente paladinos. E é também nesse lugar, severo e extremamente contra qualquer crença se não no único e verdadeiro Deus, onde um homem tido como pagão solta seu ultimo suspiro.
Uma sombra entrou rapidamente pela janela e o abateu ainda em seu leito enquanto seus companheiros cuidavam dos guardas do lado de fora. Essas sombras matam em nome de Deus, porem aquele que teve o pescoço degolado do homem em sua lamina tinha algo diferente. Ele matava em nome de Deus. Em uma equipe em nome de Deus. Até mesmo carregava uma cruz em seu peito. Porem sua existência o ensinou a duvidar da existência Dele, e se Deus existir, com certeza, ambos se odeiam.



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 Daniels aproveitou a distração que seus companheiros faziam aos guardas de fora e entrou furtivamente na mansão do alvo, degolando-o ainda dormindo. Ainda sentia a excitação ao sentir o calor do sangue de sua vitima em seu braço, coisa que seu mentor, Adel, dizia passar com o tempo. Mas Daniels não acreditava em tal coisa, o prazer era algo soberbo. Diferente de seus companheiros que negavam a si mesmos, Daniels já admitira a muito tempo que adora matar. Adora tanto que as vezes quase se esquece de seu objetivo. Quase. Mas não consegue esquecê-lo. Não pode e não quer. Seu sono não o deixa, toda noite o mesmo pesadelo. Repetindo-se tantas vezes e de formas tão diferentes que já nem sabe o que aconteceu de verdade. Mas não importa. Os pontos principais acontecem sempre iguais. E são eles que dão-no forças.
Uma figura branca. As vezes uma luz, outras um anjo tão feio como um demônio (porem ainda um anjo), mata seus pais. Que vieram de outro continente tentar uma vida nova. Vieram de uma nação onde a ciência e magia se sobrepõem a fé, uma nação chamada Novo Mundo. E claro que isso era simplesmente inaceitável nesse lugar.
Mesmo sendo uma criança, Daniels sabia que havia sido um membro da Ordem que assassinara seus pais. Esse mesmo membro o levou até a ordem e o treinou. Mas Daniels nunca esqueceu. Nunca.
E por isso odeia tudo relacionado ao que chamam de “único e verdadeiro Deus”. Até mesmo o crucifixo em seu peito tem um dispositivo que o permite inverter-se e gerar o símbolo do que aprendeu ser a antítese divina (alguns o chamavam de Diabo), mesmo sabendo que se fosse pego seria executado, apenas pelo simples prazer de desafiá-los bem abaixo de seus narizes.
Mais cedo ou mais tarde, quando estiver forte o suficiente, assassinará cada um desses filhos-da-puta. Sonharia com isso toda noite, não fosse seu já citado pesadelo.

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